Fortalecendo os Observatórios da Amazônia Legal: Uma Aliança Pela Floresta

Cuiabá, Mato Grosso — Durante três dias intensos (25, 26 e 27 de março), representantes de seis observatórios atuantes na região amazônica se reuniram em Cuiabá. O objetivo desse encontro foi fortalecer a colaboração em prol do meio ambiente e dos direitos socioambientais. Cerca de 15 organizações também participaram, unindo forças para preservar a Floresta Amazônica.

Foto: Hiroshi Koga
Foto: Organização do evento

Uma das palestrante convidadas, Eliane Xunakalo fala sobrea o controle social, como elemento essencial para estabelecer um escudo protetor, capaz de evitar lacunas que possam comprometer a integridade ecológica da Amazônia. Eliana usou como exemplo a Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso. Segundo ela, "a federação é o controle social, nós monitoramos e recebemos diversas denúncias de garimpos ilegais. Devemos ocupar os espaços e não permitir que o sistema nos domine”, disse.

Eliane Xunakalo é presidente da Federação dos Povos e Organizações Indígenas de MT (FEPOIMT). Também representa 43 povos indígenas. Foto: Hiroshi Koga

Para a Indigenista Neidinha Surui os observatórios não podem ser apenas um banco de dados, “Se eles não tiverem aplicação prática, para atender as denúncias e atender as necessidades da comunidade, eles não têm sentido de existir”, disse Neidinha.

Neidinha Suruí é uma indigenista brasileira que luta pela preservação da floresta amazônica e dos direitos dos povos indígenas. Foto: Hiroshi Koga

O Observatório do Desenvolvimento Regional do Amapá marcou presença no evento, representado pelo discente do PPGDAS, o jornalista Hiroshi Koga. O mestrando ressalta a importância da participação social na região amazônica e destaca a relevância da colaboração entre as entidades e movimentos sociais.

Hiroshi Koga é Jornalista e Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento da Amazônia Sustentável-PPGDAS. Também é bolsista pelo Programa de Redução de Assimetria da CAPES. Foto: Organização do evento

“Além de envolver as organizações da sociedade civil, comunidades locais e movimentos sociais, é crucial que os observatórios também busquem a participação ativa da academia. Ao unirem forças, esses atores podem impulsionar transformações abrangentes em prol da região amazônica”, disse Koga.

O Observatório do Desenvolvimento Regional do Amapá está vinculado ao Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento da Amazônia Sustentável, que há 19 anos apoia a formulação, implementação e monitoramento de políticas públicas no estado, visando o fortalecimento das capacidades locais e o desenvolvimento sustentável da região.

Kin Suruí, Coordenadora do Movimento de Rondônia, fala da participação ativa da juventude na ocupação de espaços. Ela enfatiza a necessidade de envolver os jovens para que assumam papéis de destaque e liderança em suas comunidades e na sociedade em geral, “temos que levar os nossos jovens para ocupar os espaços e o protagonismo em locais liderança”, destaca Kin

Kin Suruí, é uma jovem liderança indígena brasileira da etnia suruí. Kin também é coordenadora do Movimento da Juventude Indígena de Rondônia e atua na Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé. Foto: Hiroshi Koga

A reunião em Cuiabá foi concluída com a definição de um plano de ação conjunto, que inclui a realização de workshops, campanhas de conscientização e a elaboração de relatórios periódicos. Os participantes se comprometeram a manter uma rede de comunicação ativa, garantindo que as informações e recursos sejam compartilhados eficientemente entre os observatórios e parceiros envolvidos.

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